Já
ouviu a expressão: “voltar para um velho amor é como ler um livro pela segunda
vez, já sabe como vai terminar”?
Emocionalmente
tendemos a acreditar que esta expressão é completamente falsa, que há sempre outra
oportunidade quando há amor e que nunca é tarde para recomeçar. A realidade,
porém, muitas vezes, mostra-nos o lado inverso do nosso ideal romântico de relação.
Viver
uma relação baseada apenas no amor não é sinónimo de felicidade. É claro que o
mais importante é o amor, mas ele, sozinho, não alimenta uma relação. É preciso
muito mais do que isso. Partilha, respeito, companheirismo, objetivos de vida
em comum, diversão, intimidade física, são apenas algumas das diversas
características básicas que alimentam uma relação.
Quando
um casal se separa, frequentemente não é por falta de amor, mas sim porque algumas
das características básicas não estavam fortes o suficiente, o que
impossibilita a continuidade duma relação equilibrada e feliz.
Após
a separação, enfrentam-se muitas dificuldades… A carência, a saudade da rotina vivida
na relação, as noites que parecem não terminar, os dias em que não se sabe o
que fazer… Acreditamos que estaríamos melhor com aquela pessoa que tanto
significou para nós.
Mas
porque reagimos assim?
Porque
sentimos que toda a imperfeição anterior se pode transformar na perfeição
presentemente?
Porque
é mais fácil aceder a algo já conhecido do que permitir a entrada do
desconhecido. Assusta-nos ter consciência da ausência do conforto de uma
relação que fez parte da nossa vida por tanto tempo. Recomeçar é difícil… O
vazio preenche-nos!
E no
seio do luto da relação, eis que surge uma reaproximação da pessoa e com ela,
uma esperança que alivia o sofrimento. Como a mente mente, e a verdade não advém
apenas da razão, acreditamos que desta vez vai ser diferente, que tudo vai ser
melhor. Que a pessoa mudou! Retrocedemos…
Quando
existe um recomeço, ao início tudo é mágico! Lembra-se da fase da paixão e do
enamoramento? É semelhante!
Contudo,
a rotina volta, a paixão diminui e muito provavelmente sente que nada mudou…
O
luto de uma relação é longo e doloroso… É preciso tempo para a recuperação! Faz
parte do processo de “renascimento”.
A carência
leva a confundir emoções o que gera a vontade de reconciliação. Não se esqueça
que a carência faz parte do processo de luto, é necessário aceder à tristeza
para conseguir “voar sozinho”.
Não
quero com isto dizer que não existem finais felizes com o(a) ex-companheiro(a),
existem!!! Contudo, também existem os finais não felizes e é preciso ter consciência
dessa possibilidade!
A
felicidade encontra-se dentro de nós e não no outro! O maior Amor que pode
sentir, é o amor por si próprio.
Questione-se
do porquê de permitir novamente que alguém que o magoou volte a entrar na sua
vida…
E dê
uma oportunidade a si próprio de ser feliz!
Ame-se!
Débora
Água-Doce
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